Obras estão no Arquivo Histórico
Dois prédios que são símbolos da arquitetura modernista de Balneário Camboriú e que fazem parte do patrimônio cultural da cidade ganharam versões em maquetes. As obras estão expostas pelo Observatório de Interações no Ambiente (OiA) desde o dia 4 de julho, no Arquivo Histórico de BC.
A exposição Maquetes do Patrimônio ficarão acessíveis de forma permanente e gratuita no local. A proposta é aproximar a população dos aspectos técnicos e históricos das duas construções. Os prédios são representativos da modernidade que BC assumiu desde os primeiros anos da cidade, quando se preparava pra ser um polo de lazer e turismo.
De acordo com o arquiteto e urbanista Gabriel Gallarza, coordenador do projeto, o uso da maquete física se mostra como ferramenta de reconhecimento e valorização do patrimônio cultural da cidade, relacionando duas questões centrais: a linguagem e representação da arquitetura e o patrimônio histórico-cultural.
“A exposição pretende aproximar o público em geral, especialistas e leigos, com alguns elementos icônicos do patrimônio edificado da cidade e, com isso, despertar a atenção para a importância da preservação dos bens, criando, de forma lúdica, uma ligação afetiva com eles”, comenta.
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Hotel Marambaia
O Hotel Marambaia é um ícone na paisagem da orla de BC, representando o desenvolvimento da cidade e a evolução da arquitetura brasileira. O prédio foi inaugurado em 1964, sendo o primeiro projeto do país a adotar uma estrutura circular. A concepção foi do arquiteto gaúcho Roberto Veronezzi, em 1959.
Quando foi inaugurado, o Marambaia era o edifício mais alto da cidade, com três andares, e hoje está rodeado dos maiores arranha-céus do Brasil. No novo projeto para o local, a prédio redondo será preservado, abrigando praça, restaurantes, bares e galerias, enquanto nos fundos será erguido o Marambaia Tower, um novo complexo com hotelaria e apartamentos.
Igreja Santa Inês
A antiga igreja de Santa Inês, fundada por freis franciscanos, deu lugar à atual Matriz de Balneário Camboriú em 1971, com um projeto inovador, assinado pelo engenheiro Rubens Meister. A construção tem formato arredondado, caracterizando uma tarrafa em queda, em referência à pesca na região. O teto lembra uma rede e as colunas, em volta, os pesos de chumbo.
A pedra fundamental da obra foi lançada em 12 de fevereiro de 1968. O trabalho seguiu em regime de mutirão até a primeira missa ser celebrada no novo espaço, em 1971. No ano seguinte, a velha capela foi demolida. Com a compra de terrenos no entorno, a paróquia ganhou uma praça e hoje domina a paisagem na quadra inteira no centro da cidade.
Fotos: Divulgação